Grandes beldades da televisão e cinema brasileiro - PARTE 03

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Que o Brasil é abençoado por Deus e bonito por natureza nós já sabemos, somos privilegiados com uma grande mistura de cores, raças, cultura e é claro, grandes talentos! Crescemos vendo a transformação do mundo da música e da televisão, e apesar de estarmos habituados com os grandes atores e personagens da televisão brasileira, nem sembre sabemos como foi a trajetória deles até sucesso.
Hoje trago para vocês a terceira parte da matéria ''Grandes beldades da televisão e cinema brasileiro'', que marcaram e marcam até hoje, a teledramaturgia do nosso país. Confira:

Foto 01: Arquivo pessoal.
Foto 02: Redropução
Tônia Carrero:
Nasceu no Rio de Janeiro, é graduada em educação física e obteve sua formação como atriz em Paris. No início dos anos 40 filiou-se ao TBC (Teatro Brasileiro de Comédia), em 1949, estreou no teatro com a peça Um Deus Dormiu Lá em Casa. Após a sua passagem pelo TBC, formou em 1956 a Companhia Tônia-Celi-Autran (CTCA), que revolucionou a cena do teatro brasileiro ao constituir um repertório com peças de autores clássicos, como Shakespeare, Carlo Goldoni, e de vanguarda, como Sartre. Na TV, um dos seus personagens mais marcantes foi em 1980 com a sofisticada e encantadora Stella Fraga Simpson de Água Viva, que lhe rendeu o troféu APCA como melhor atriz de televisão. Fez mais de 60 papéis entre a sua carreira na televisão, filmes, peças de teatro e telenovelas, e são por essas suas marcantes interpretações ao longo de sua carreira, que é considerada uma das mais consagradas atrizes do Brasil, além de uma das mais belas.

Foto 01: Novela "O Cafona" de 1971.
Foto 02: Arquivo TV Globo.
Marília Pêra:
Filha de atores, pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado de seus pais. Dos 14 aos 21 anos de idade, atuou como modelo para algumas revistas e como bailarina, participou de alguns musicais, entre eles, Minha Querida Lady em 1962. Seu primeiro papel na televisão foi em 1965 em Rosinha do Sobrado, na Rede Globo, em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical.  Interpretou grandes mulheres como Carmen Miranda, Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel entre outras. Estreou como diretora em 1978, com a peça A Menina e o Vento, de Maria Clara Machado. Com um currículo com mais de 27 papéis no cinema,  56 no teatro e 35 na televisão, tem uma longa trajetória com personagens e atuações reconhecidas com cerca de 80 premiações.

Foto 01: Em ''O Espigão'' de 1974.
Foto 02: Em ''Amor a vida'' de 2013.
Rosamaria Murtinho:
Nasceu em Belém e foi morar no Rio de Janeiro quando ainda era bebê. Morou durante um ano nos Estados Unidos e estudava para cursar direito mas foi no teatro que encontrou a sua verdadeira paixão. Ingressou no teatro amador com seu irmão para o grupo Studio 53. Certo dia uma das atrizes adoeceu e ela se viu diante da oportunidade de atuar pela primeira vez. Silveira Sampaio, dono do Teatro de Bolso, após assistir uma de suas apresentações, a convidou para participar de uma de suas peças, esse foi o seu primeiro trabalho remunerado. Em 1955 participava do Teatro dos Sete, que era coordenado por nada mais nada menos, que Fernanda Montenegro. Atuou também em Portugal e após voltar ao Brasil, começou a trabalhar na televisão. Possui um currículo com mais de 52 personagens em novelas e séries, cerca de 10 filmes e é uma das atrizes mais versáteis da televisão brasileira.

Foto 01: 1941.
Foto 02: Zanone Fraissat - Floha press, 2013.
Bibi Ferreira:
Filha de pai ator e mãe bailarina. Após o divórcio dos pais, passou a viver com a mãe que era espanhola e até os 4 anos de idade só falava espanhol, aprendeu o português e seu amor pela ópera com seu pai. Tornou-se a atriz mirim mais festejada do Rio de Janeiro, entrou para o Corpo de Baile do Teatro Municipal, onde permaneceu por longo tempo, até estrear na companhia de seu pai. Sua estréia profissional aconteceu em 1941, em 1944, montou sua própria companhia teatral, reunindo alguns dos nomes mais importantes do teatro brasileiro. Pouco mais tarde foi para Portugal, onde dirigiu com sucesso peças durante quatro anos. Na década de 1960, vieram os sucessos dos musicais, junto com apresentações na TV Excelsior de São Paulo. Em 1999, dirigiu pela primeira vez uma ópera. Recebeu em 1984 os prêmios Mambembe e Molière, trabalhou com grandes musicais e peças de dramaturgia sofisticada, marcado assim sua carreira como atriz, cantora, diretora e compositora.

Foto 01: 1976
Foto 02: Divulgação.
Zezé Motta:
Mudou-se com a família para o Rio de Janeiro quando tinha apenas dois anos de idade, aos 12 anos ajudava a mãe com a costura e aos 16 conseguiu emprego em um laboratório farmacêutico. No colégio recebeu uma bolsa de estudos para fazer o curso de tablado e nunca mais parou, começou a carreira de atriz em 1967, estrelando a peça Roda-viva. Enfrentou preconceitos e na maioria das vezes só era aceita em papéis como mucama e pobre. Resistente e dona de uma voz sensacional, deu início a sua carreira de cantora em 1971, em casas noturnas paulistas. De 1975 a 1979, lançou três LPs e nos anos 1980, lançou mais três. Em 1976, atuou no filme Xica da Silva, consagrando sua carreira internacional, em 1994 gravou a canção O ciclo da vida, abertura do filme O Rei Leão. Novamente em 1996, vinte anos depois de protagonizar o filme Xica da Silva, participou do elenco da novela, onde fez a mãe e Xica na maturidade. Fez mais de 23 filmes, diversas novelas e peças de teatro, participa esporadicamente de discussões sobre o papel dos negros na teledramaturgia e é considerada uma das mais importantes atrizes negras do Brasil.

Foto 01: Divulgação.
Foto 02: Em ''Bebê a bordo'' em 1988 - Arquivo TV Globo.
Dina Sfat:
Nasceu em São Paulo em 1939, seu primeiro emprego foi em um laboratório de análises clínicas quando tinha 16 anos mas sempre manteve o sonho de ser artista. Estreou nos palcos em 1962 em um pequeno papel no espetáculo Antígone América, em seguida, foi para o teatro amador e depois no Teatro de Arena, onde estreou profissionalmente vivendo a personagem Manuela de "Os Fuzis da Senhora Carrar". Participou de espetáculos importantes na década de 1960 e em 1965 conquistou o Prêmio "Governador do Estado" de melhor atriz por seu desempenho no musical "Arena Conta Zumbi". Estreou no teatro do Rio de Janeiro com a peça "O Rei da Cidade". Teve estréia no cinema e na televisão no final dos anos 60, atuando em novelas de sucesso e de escritores renomados. Chegou a posar para a revista Playboy em 1982. Foi casada por 17 anos com Paulo José, com quem teve três filhas, uma delas é a atriz Bel Kutner. Descobriu o câncer de mama em 1986, mas não deixou de trabalhar, mesmo em tratamento, com participações reduzidas, gravou cenas para a novela "Bebê a Bordo'' até o último capítulo. Durante seu tratamento viajou para a Rússia, aproveitando para fazer um documentário para a TV, também escreveu um livro, publicado em 1988, um pouco antes da sua morte, sobre sua vida e a luta contra o câncer, chamado "Dina Sfat- Palmas prá que te Quero", junto com a jornalista Mara Caballero. Seu último filme foi "O Judeu" que só estreou após a sua morte.

Logo mais você irá conferir a quarta parte dessa matéria sensacional sobre as ''Grandes beldades da televisão e cinema brasileiro''.

Fonte e inspiração: WK/AlémDaImaginação

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