Helen Williams foi a primeira modelo afro americana a cair no gosto do público e da imprensa, mas sua jornada ao sucesso não foi e nem pode ser considerada fácil.

Desde pequena tinha uma obsessão por tecidos, moda e fazia colagens de revistas. Aos 17 anos começou a costurar com as mãos suas próprias roupas. Quando começou a trabalhar em Nova York como costureira conheceu Lena Horne e Sammy Davis Jr., que foram arrebatados por sua beleza e lhe aconselharam a seguir a carreira de modelo. Helen tinha um rosto delicado, com sobrancelhas marcantes e pescoço longo, bonita, foi considerada "muito escura" para a modelagem.

Em 1954, ciente da tensão racial que sofreria, começou a trabalhar exclusivamente para publicações afro-americanas como Jet e Ebony, mas nunca desistiu de tentar ser na capa da Vogue ou de desfilar em grandes passarelas.

Mesmo com tantas cenas de racismo e trabalhos rejeitados, Hellen nunca deixou que isso a abalasse.

Em 1960, se cansou da cena fashion americana e mudou-se para Paris, onde os franceses apreciaram a sua beleza ''excêntrica'' denominando-a "La Belle Americaine''.

Com um salário alto, Helen modelou para Dior e Jean Dessès.

Quando retomou a confiança que precisava, Helen tomou a decisão de voltar para os EUA, mas embora ela tenha mudado a América ainda continuava a mesma.

Logo que voltou para Nova York, Helen foi para um casting em um agência de modelos onde ficou sentada por mais de duas horas. Quando questionou a recepcionista sobre a entrevista, foi rispidamente respondida assim:

- "Nós já temos uma modelo preta".

Mulheres mais fracas e com pouca confiança teriam ido para casa chorando, mas Helen Williams não estava aceitando não como resposta. Jornalistas influentes como Dorothy Kilgallen e Earl Wilson assumiram sua causa, expondo o racismo no mundo da moda. Seus artigos abriram o mundo para Helen e outras  mulheres que lutaram pela inclusão de pessoas negras no mundo da moda e da televisão.

 Logo após, Helen fez contratos para grandes anúncios como: Budweiser, Loom Toggs, e Modess. 

Sua história abriu oportunidades para os negros alcançarem seus objetivos, deixando no passado a imagem de pessoas feias que serviam apenas para o trabalho escravo e papéis no cinema como palhaços, empregados e pobres.

Os acontecimentos de sua vida foram considerados um ponto crucial na história negra segundo a revista LIFE.

Confira alguns de seus trabalhos: